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c i n e l a m a - cena 2

by Eddy Polo

dando continuidade e forma a ideia do cinelama,
venho por aqui para contar em que pé estão as coisas

em primeiríssimo lugar, precisamos checar a questão do tempo, já que o cinelama é/será ao ar livre, ou seja, não podemos nem pensar em chuva, well, as previsões pro dia 06 de agosto de 2013, que é a data em que eu ansiei/desejei realizá-lo não será possível, pois de acordo com o climatempo, as previsões pro dia desejado são:


ou seja, as previsões indicam chuva pro dia e pra noite, uma pena, mas, fazer o que?  temos de esperar um bocadinho mais, vai ver será o tempo necessário para descolarmos o gerador e as caixas de som,

enquanto as previsões meteorológicas não ficam a nosso favor, vou contar como anda o status quo do cinelama, ou seja, o que mudou desde a postagem passada quanto a nosso cinema mambembe,

Bigu Bandeira, um colaborador pra lá de especial, irá dispor pra gente o seu  16mm, isso mesmo!


já pensou que coisa mais linda e poética?

um retroprojetor multimídia dialogando com um projetor 16 mm, show! me bate um ar saudosista, talvez explicado por fazer parte de uma geração presa num limbo tecnológico entre o analógico e o digital,

pensar em fazer cinema com um projetor 16 mm pra aqueles que nasceram na era da informática, é praticamente uma coisa surreal e sobretudo
um resgate no jeito de fazer cinema-cinema,
onde se pode ver a beleza de cada imagem diferente da outra
seja por conta de grãos que se mexem, por riscos ou flutuação de movimento
a beleza das imperfeições,
é quase um processo de encantamento observar um projetor desses em funcionamento e imaginar a "bruxaria" que está ali por trás

ao contrário de um projetor multimídia que exibe uma imagem limpa, constante e clara, e ficar ao lado dele observando-o trabalhar não resulta em muita coisa. "É um bloco de plástico e metal com uma lente na frente, e seja lá que bruxaria ocorre ali dentro, ela é secreta, insondável [...]" Mendonça Filho

gosto muito da fala do Kleber Mendonça Filho, quando ele diz que "o digital parece uma superimitação do que o cinema-cinema sempre foi"
[...]
sabe o que é?
é que acho que fiquei "presa" na poesia do "cinema de antigamente"

em tempos de Iphones, Ipods e Ipads, pensar em carregar um filme em rolos de muitos quilos, ao invés de carrega-lo num HD externo que não chega a pesar um quilo sequer, pode parecer coisa de gente maluca,

pois que seja!
a ideia é mesmo essa!
malucos querendo unir o novo e o velho, o analógico e o digital, o povo e a maré, a cidade e o cinema, projetando no meio da rua, provocando experiências que somente o cinema pode proporcionar,

portanto, malucos de plantão, estejam atentos para a nossa primeira exibição que será divulgada aqui mesmo neste blog, ok?

por enquanto segue a nossa "ficha técnica"

projecionista 1:
diana pessoa
projetor multimídia, epson EMP-S5 PowerLite S5+
filme 1: 
Não é muito mas é Mário, 
de 2009, curta de 6:06, direção de Eddy Polo

filme 2: 
Vídeo circense, 
de 2010, Maxime Pythoud  no young stage circus festival basel,  3:52


projecionista 2:
bigu bandeira
projetor 16mm, EIKI 
filme 1: 
O gordo e o magro, de 1939, mudo, preto e branco, 20 min.

filme 2
O guarda, de 2012, curta de 2:37, direção de Léo Bandeira 
e não atores Bigu Bandeira e Bob Albergaria. 
Ganhador do premio "menção honrosa" do FESTCINE 2012


é o cinelama tomando forma,
moldado com lama, sonho, maresia, gente e poesia
bora colaborar?

um abraço tranquilo e sossegado

diana





referência:
MENDONÇA FILHO, Kleber. 
Entre o digital e o analógico. 
Coluna Cinemascópio. 
Revista Continente,
 nº. 151, 
ano XIII, jul/13 


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